A modernização do setor agropecuário obriga a busca pela eficiência nas diversas fases que compõem o sistema de produção, e é caracterizado pelo alto nível de intensificação.
Um sistema intensivo consiste na combinação e utilização de diversas tecnologias, visando aumento da produtividade nas diferentes fases do processo produtivo como um todo, ou em cada umas delas isoladamente. Ele está baseado na utilização de pastagem natural, melhorada ou cultivada, empregando também grãos e subprodutos da indústria, além de um manejo racional das fêmeas de cria, tornando-se com isso, uma grande ferramenta para conseguirmos atingir bons índices de produtividade pecuária.
A fêmea representa a eficiência reprodutiva do rebanho.
Manejo de primíparas – essa categoria é o futuro do rebanho. Todos os cuidados despendidos a ela na recria, serão compensados por uma maior eficiência reprodutiva, uma maior precocidade sexual, um menor intervalo entre gerações e uma maior produtividade durante a vida.
O fato da idade do primeiro serviço de uma fêmea bovina ser aos 36 meses, em média, no RS é um dos grandes causadores da baixa eficiência do rebanho, isto se deve a sazonalidade forrageira e, principalmente, pela adoção dos animais em recria em campos de menor qualidade nas propriedades, prolongando assim a idade ao primeiro serviço. Ganhos diários de peso da novilha prenhe devem ocorrer antes da maior escassez forrageira, sendo portanto, no verão/outono anteriores, consoante este pensamento é conveniente manter as vaquilhonas em potreiros melhorados ou campo nativo com adequada oferta forrageira para essa categoria.
Manejo de multíparas – as fêmeas bovinas são consideradas adultas quando atingem 3 anos ou mais. Um ventre adulto poderá sofrer perdas de 10 a 15 % de seu peso dos meses de outono ao decorrer do inverno, sem afetar sua produtividade, sempre que seu peso de outono seja satisfatório e que, após parida, tenha uma oferta de forragem que permita ganhar peso e escore corporal, essa vantagem das vacas adultas é explorada como forma de manejo técnico e econômico.
No processo de exploração da vaca de corte a nutrição e a alimentação constituem as variáveis mais importantes no resultado final do processo e imprescindíveis de serem incluídas no planejamento da fase de cria, ao qual está baseado no ciclo biológico das vacas. Como pode ser visto na tabela abaixo, as exigências nutricionais variam conforme o trimestre do ano.
Exigência energética da vaca com 500kg conforme período fisiológico:
| PERIODO | ENERGIA (Mcal/d) |
| 1 (85 d) – pós-parto | 13,5 |
| 2 (125 d) – entoure/desm | 12,2 |
| 3 (110 d) – seca | 9,2 |
| 4 (50 d) – pré-parto | 10,3 |
Fonte :NRC, 1996 (adaptado). BARCELLOS (1999).
Fonte: Relatório de estág. supervisionado (GAP-Uruguaiana) Ricardo Mallmann
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